Ya tratamos indirectamente sobre este lugar cuando el pasado 13-7 publicamos en el blog una entrada titulada: "Exvotos pictóricos procedentes de la Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção, Arronches (Portugal)", pues en la actualidad estos exvotos se conservan en el Museo de Arte Sacro del Convento de Nossa Senhora da Luz ---> (ver aquí).
Convento de Nossa Senhora da Luz: A fundação da instituição monástica surgiu por iniciativa de frei Hilário de Jesus, clérigo da Ordem de Santo Agostinho, natural de Portalegre. Assim, o concelho de Arronches escreveu a D. Sebastião, pedindo autorização para erigir um convento na vila. O rei autorizou, e no dia 10 de janeiro de 1570 escreveu a D. André de Noronha, bispo de Portalegre, para que ajudasse na sua edificação.
Os vários espaços do convento articulavam-se em torno do claustro, a partir do qual se organizavam as várias áreas da vida comunitária. Num primeiro momento foram edificados dormitórios da banda do Norte, virados para a ribeira, na direção de Portalegre. Contudo, toda essa ala foi demolida em período incerto, possivelmente relacionado com a construção da fortificação abaluartada da vila, ainda no século XVII, que acabou por privar os frades agostinianos de parte da cerca do convento. Deveriam ainda existir, possivelmente no exterior, estruturas relacionadas com o apoio à atividade agrícola, bem como estábulos onde se guardavam os animais que serviam como força de trabalho, mas também como meio de transporte. No interior, para além da área do dormitório, onde se encontravam as celas dos religiosos, estaria a portaria, o refeitório, a cozinha, a sala do capítulo, a adega, a despensa, entre outras dependências.
O convento foi sofrendo alterações ao longo dos séculos, algumas delas destinadas a adaptar o edifício e as suas divisões às novas funcionalidades que foram adquirindo. Alguns dos vãos, hoje entaipados, serviam de comunicação entre o espaço monástico e a igreja, permitindo a circulação dos religiosos pelo interior do edifício, sem a necessidade de contactar com a vida secular. Podiam, assim, assistir à eucaristia e exercer os seus ofícios litúrgicos na privacidade da sua reclusão. Uma das divisões viu a sua entrada ser alargada, correspondendo esta intervenção a uma reformulação do espaço, em finais do século XIX ou, com maior probabilidade, já durante o século XX. Nesse sentido, foi construída uma manjedoura para animais que ainda se conservava no início dos trabalhos de reabilitação do convento. Outros locais evocam o carácter eminentemente agrícola dos antigos proprietários do imóvel, com uma das salas a servir como área de armazenamento de cereais.
Por decreto de 30 de maio de 1834 ordenou-se a extinção das ordens religiosas em Portugal, um processo que havia conhecido uma aceleração no ano anterior, quando se proibiu a entrada de novos noviços para as suas fileiras. Sem perder tempo, no dia 25 de junho de 1834, o juiz de fora de Arronches, João Cardoso de Sousa Pinto, na presença do escrivão da câmara e do prior do convento, frei Mariano Saraiva, tomou posse dos bens móveis e imóveis da comunidade, procedendo pouco depois à sua avaliação. As várias dependências do edifício foram, então, enumeradas: refeitório, cozinha, dois celeiros, uma adega, uma livraria, uma hospedaria e sete celas.
Possivelmente no último quartel do séc. XIX, o edifício terá sido adquirido pelo dono de uma exploração agrícola, adaptando o antigo espaço conventual às suas necessidades pessoais e profissionais, instalando aqui alguns dos seus funcionários. Rasgaram-se novos vãos, levantaram-se paredes, construíram-se lareiras e edificaram-se chaminés, elementos reveladores da arquitetura vernacular alentejana de finais do século XIX. O maior empreendimento terá sido a reorganização da área que correspondia à casa do proprietário, onde se criou um piso intermédio. Neste local, a cobertura dos compartimentos traduzia-se numa estrutura constituída por barrotes de madeira interligados que suportavam tijoleiras pintadas que decoravam os tetos, muito ao gosto da época e da região.
Voltando a ser adquirido pelo Município, o Convento de Nossa Senhora da Luz foi alvo de processo de reabilitação e beneficiação, funcionando como um polo multiusos de atração cultural ao serviço da população, encontrando-se todo ele visitável, funcionando permanente na infraestrutura, o Posto de Turismo e a Galeria Municipal.
Fuente: https://cm-arronches.pt/
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Claustro |
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Museo de Arte Sacro, Convento Nossa Senhora da Luz |
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Exvotos pictóricos |
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Sagrario |
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Sala de Exposiciones |
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Sala de Exposiciones |
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Estela do Rebolo |
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Lápida votiva |
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